Agosto Decisivo: Como o Payroll Pode Mudar a Política de Juros do FED

No Panorama Semanal de hoje, exploramos a expectativa em torno do relatório de emprego (payroll) dos Estados Unidos e suas implicações para o corte de juros pelo Federal Reserve. Além disso, entenderemoss a reação dos mercados ao anúncio de mudanças no Banco Central do Brasil, as perspectivas para o ouro e o euro/dólar.

O payroll de agosto será crucial para definir o tamanho do primeiro corte de juros do Fed.

O payroll é o foco do momento, atraindo toda a atenção do mercado. Vale lembrar que o último relatório de emprego derrubou os mercados no mês passado, e desta vez o contexto é ainda mais significativo.

Antes de mergulharmos nas expectativas para o payroll, é importante considerar o cenário deixado pela semana anterior. O recente anúncio de Gabriel Galípolo como futuro presidente do Banco Central a partir de 2025 provocou uma forte reação no mercado financeiro, aumentando as expectativas de que o Comitê de Política Monetária (Copom) possa elevar a taxa de juros na próxima reunião. Essa percepção foi reforçada pelas declarações de Galípolo nas últimas semanas, que levaram investidores a acreditar que o Banco Central poderia adotar uma postura mais rígida para controlar a inflação. Embora Galípolo tenha tentado amenizar o impacto de suas declarações, os esforços não foram suficientes para acalmar os mercados.

Em resposta à reação do mercado, o atual presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, destacou que o prêmio de risco nos contratos de juros de curto prazo não estava alinhado com a mensagem transmitida pela ata do Copom. Ele também sublinhou que qualquer ajuste na taxa Selic, caso ocorra, será gradual. A intervenção de Campos Neto ajudou a estabilizar a ponta curta da curva de juros, mas as taxas continuaram a precificar um aumento de pelo menos 0,5 ponto percentual até o final do ano.

Paralelamente, as taxas de juros de longo prazo, como os contratos para janeiro de 2029 em diante, registraram um aumento significativo, ultrapassando 12%. Esse movimento refletiu tanto a alta dos juros dos títulos do Tesouro americano (Treasuries) quanto a volatilidade do câmbio, que acumulou uma alta de quase 3% na semana, mesmo após intervenções do Banco Central, incluindo a venda de dólares no mercado à vista, a primeira em mais de dois anos.

Nesta semana, o foco estará no Congresso Nacional, que deverá concentrar esforços na aprovação de projetos importantes antes do recesso branco devido às eleições municipais. No cenário internacional, o PIB dos Estados Unidos para o segundo trimestre de 2024 superou as expectativas, afastando momentaneamente os temores de recessão. Além disso, o Índice de Preços de Gastos com Consumo Pessoal (PCE), o indicador favorito do Federal Reserve (Fed) para medir a inflação, permaneceu dentro do esperado em julho.

Agora, todas as atenções se voltam para o relatório de emprego (payroll) nos Estados Unidos. Um resultado abaixo do esperado poderia abrir caminho para um corte de 50 pontos-base nos juros americanos em setembro. No entanto, se os números de emprego continuarem robustos, é provável que o Fed adote uma abordagem mais cautelosa, optando por um ajuste gradual da política monetária, com um corte inicial de 25 pontos-base.

A semana nos mercados financeiros começa com uma pausa devido ao feriado do Dia do Trabalho nos Estados Unidos, que mantém as bolsas de Nova York fechadas.

Apesar da tranquilidade inicial, a semana promete terminar com grande intensidade em torno da divulgação do relatório de emprego (payroll) de agosto, programado para sexta-feira (6ª feira). Esse relatório é altamente esperado, pois deve influenciar a decisão do Federal Reserve (Fed) sobre o tamanho do corte de juros no ciclo que começa ainda este mês.

O foco principal recai sobre o dia 18, conhecido como “superquarta”, quando ocorrerão as reuniões do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC) nos Estados Unidos e do Comitê de Política Monetária (Copom) no Brasil. Na sexta-feira passada, o presidente do Banco Central do Brasil, Roberto Campos Neto, praticamente descartou a possibilidade de uma alta de 50 pontos-base (bps) na taxa Selic em setembro.

Além disso, na terça-feira, será divulgado o índice PMI dos Estados Unidos, que acrescenta um tom especulativo ao cenário da semana.

Com todos esses elementos em jogo, a semana será decisiva para definir os próximos passos da política monetária tanto nos Estados Unidos quanto no Brasil. O mercado está em alerta máximo, aguardando cada dado econômico e declaração oficial, que podem influenciar significativamente as expectativas para as próximas reuniões do FOMC e do Copom.

Análise do Ouro

O contrato de ouro XAUUSD inicia a semana ainda dentro da consolidação de topo, próximo à resistência de US$ 2.500 por onça. Enquanto permanecer dentro desse retângulo, não há uma tendência de curto prazo definida, sendo mais prudente operar nos extremos do canal, sempre aguardando a confirmação de um candle.

XAUUSD Chart — Gold Spot US Dollar Price — TradingView

Análise do Euro/Dólar

O par EURUSD começa a semana em alta, rompendo uma sequência de três dias de queda, após não conseguir sustentar o ponto de resistência mais forte no contexto atual. Embora ainda seja cedo para considerar um pullback, uma correção saudável até o suporte em US$ 1,094 deve ser levada em conta.

EUR USD Chart — Euro to Dollar Rate — TradingView

Artigo por Marcos Praça, Analista ZERO Markets

Atenção: A opinião do analista Marcos Praça, CNPI-T 4199, é de responsabilidade exclusiva do autor e não representa necessariamente a opinião da ZERO Markets. Aviso de Risco: As informações fornecidas neste vídeo são de natureza geral com o propósito de educar. Estas informações não constituem aconselhamento de investimentos de forma alguma, nem têm qualquer relação com os objetivos de investimentos específico, situação financeira ou necessidades individuais de qualquer pessoa em particular que os receba. Invista com Responsabilidade: Investir no mercado financeiro apresenta um risco elevado e pode não ser adequado para todos os investidores. A corretora ZERO Markets não aceita aplicação de residentes de países ou jurisdições nas quais o uso e distribuição viole as leis e regulamentos locais.

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