Inteligência Artificial e os Riscos no Mercado de Ações

A ascensão da Inteligência Artificial (IA) está impulsionando ações tecnológicas, mas também traz riscos de supervalorização. Descubra os setores mais e menos vulneráveis segundo a análise da Morgan Stanley e navegue com segurança no mercado de ações! 📈🤖

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Onda Tecnológica e os Riscos no Mercado de Ações: Uma Análise

As indústrias estão correndo para aumentar a oferta diante dessa onda tecnológica irresistível, mas algumas inevitavelmente exagerarão. Quando se trata de investimentos, nada está mais em alta do que a inteligência artificial (IA). Ações e setores relacionados à tecnologia têm disparado, tanto pelo crescimento atual quanto pelo esperado. Isso pode ser emocionante, mas há o risco de que o mercado exagere, elevando algumas ações além do justificado e levando a quedas bruscas. Por isso, especialistas da Morgan Stanley se dedicaram a identificar quais ativos podem estar em risco de queda.

Descobertas dos Especialistas da Morgan Stanley

Há um ditado: a história não se repete, mas frequentemente rima. Assim, a equipe da Morgan Stanley começou analisando o frenesi atual da IA e outras quatro tecnologias revolucionárias desde 1980: o PC em 1981, os semicondutores em 1986, as telecomunicações em 1996 e o software de telefonia móvel em 2007. Eles observaram que a ascensão da IA se assemelha bastante à onda dos semicondutores, com aumentos no crescimento dos lucros e nas avaliações das ações (medidas pelo índice preço-lucro).

Em uma comparação simples, eles colocaram os vencedores da revolução do mobile/internet ao lado dos vencedores da revolução da IA e estimaram que as ações de IA entregaram apenas 17% do potencial de valorização de uma década. Com tanto potencial ainda por explorar, não é surpresa que essas ações e setores estejam subindo. No entanto, tudo que é bom chega ao fim eventualmente. A equipe procurou ativos mais em risco de excesso de oferta, o que prejudicaria futuros lucros e preços das ações. Ser um investidor bem-sucedido envolve entender não apenas o que está acontecendo agora, mas também o que pode acontecer em seguida.

Setores com Menor Risco de Excesso de Oferta

Os profissionais da Morgan Stanley classificaram o risco de excesso de oferta de um a cinco, sendo um o menor risco e cinco o maior, tanto para uma visão de um ano quanto de três anos. Primeiramente, vejamos os setores com menor risco de excesso de oferta:

  1. Energia e Rede (nível de risco 1): Essas áreas têm historicamente experimentado mudanças de demanda relativamente previsíveis, mas a IA está mudando isso. O tempo necessário para construir capacidade adicional de rede tem aumentado.
  2. Cobre (nível de risco 2): Este metal essencial para a IA deve permanecer em oferta restrita. Até 2027, os data centers de IA devem impulsionar 3,3% da demanda por cobre. Como leva anos para desenvolver novas minas de cobre, o Morgan Stanley acredita que o único jeito do mercado se reequilibrar é se houver uma queda acentuada na demanda, o que parece improvável com a China anunciando novas medidas para estimular a economia.
  3. Cabos e Equipamentos Elétricos (nível de risco 2): Esses componentes são cruciais. Os especialistas concluíram que nos próximos dois anos, os riscos de excesso de oferta são mínimos para equipamentos de média voltagem e cabos de média e alta voltagem. Esses produtos são fundamentais para manter o equilíbrio energético entre regiões.

Setores com Maior Risco de Excesso de Oferta

Essas indústrias podem não enfrentar grandes riscos a curto prazo, mas olhando um pouco mais adiante, o cenário fica nebuloso, segundo a Morgan Stanley:

  1. Equipamentos para Semicondutores (nível de risco 3): O crescimento parece garantido para 2024 e 2025, mas depois disso, o banco diz que as coisas podem desacelerar. Eles destacam a demanda da China, que responde por mais de 40% dos embarques de equipamentos.
  2. Componentes e Manufatura (nível de risco 5): A demanda é robusta agora, mas a demanda por memória é muitas vezes instável. Quando cai, os investidores ficam ansiosos para vender.
  3. Unidades de Processamento Gráfico (GPUs) e ASICs (nível de risco 3): A demanda está forte agora e a capacidade de GPUs é limitada. O banco acredita que a forte posição de mercado e inovação constante da Nvidia garantirão demanda, mas nota o risco de que os custos da IA aumentem à medida que os modelos se tornem mais complexos.
  4. Rede de Comunicações (nível de risco 4): No próximo ano, as empresas de redes estarão a todo vapor. Mas o Morgan Stanley vê turbulências em 2027, quando a oferta adicional entrar no mercado.
  5. Nuvem e Hyperscalers (nível de risco 3): Data centers hyperscaler são grandes provedores de serviços em nuvem e impulsionam uma enorme demanda por GPUs. Isso deve continuar no próximo ano, mas o banco diz que o longo prazo é mais difícil de prever. Se a demanda por aplicações de IA continuar crescendo, esta indústria continuará forte. Mas se não, há um risco. Empresas como Amazon, Google e Microsoft estão investindo muito para expandir suas capacidades em nuvem e data centers, mas precisam que outras empresas paguem pelos serviços.

Conclusão

Essa é a empolgação sobre o potencial da IA e seu impacto no mercado de ações. Se as empresas começarem a adotar IA em grande escala nos próximos anos, é provável que haja um aumento acentuado na produtividade e nos lucros em toda a economia, o que cria uma perspectiva positiva para o mercado de ações.

Artigo por Marcos Praça, Analista ZERO Markets

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