Neste artigo, exploraremos os desenvolvimentos mais recentes nos mercados financeiros globais, analisando os impactos das decisões dos Bancos Centrais, as flutuações em commodities como o ouro e as tendências em pares de moedas-chave, incluindo o EUR/USD. Discutiremos as implicações das taxas de juros e da inflação em várias economias, destacando as oportunidades e desafios para investidores atentos aos movimentos do mercado. Vamos mergulhar em insights detalhados sobre esses tópicos para ajudar a orientar suas estratégias de investimento.
Esta semana, destacam-se indicadores robustos nos Estados Unidos, na Europa e no Brasil.
Antecipamos uma semana repleta de atividades, mesmo após um período turbulento que testemunhou uma série de decisões dos Bancos Centrais. Essas decisões definirão o curso futuro da política monetária, do comércio, do emprego e da inflação.
Analisando a semana anterior
O destaque foi o discurso do presidente do Fed, Jerome Powell, que, após a decisão já esperada do FOMC de manter a taxa de juros americana inalterada nesta reunião, proferiu um discurso enfático sobre a robustez da economia dos Estados Unidos, deixando claro que ela está mais aquecida do que o previsto. Ele também insinuou a possibilidade de novos aumentos nas taxas de juros para alcançar a meta de inflação de 2%. Segundo Powell, ‘Se a economia se mostrar mais forte do que o previsto, isso apenas significa que teremos que adotar medidas mais rigorosas para atingir nossa meta de 2%’. O relatório indica que a maioria dos membros do FOMC também está inclinada a apoiar um novo aumento na taxa de juros americana.
Na prática, a expectativa de um aumento nas taxas de juros nos EUA fortalece o dólar, gerando um efeito inverso em relação às suas contrapartes. Analisaremos essa dinâmica com mais detalhes ao final deste panorama.
China cria novos estímulos, mas o problema continua.
A China implementou recentemente novos estímulos para impulsionar a recuperação das commodities, anunciando uma flexibilização das regras para investimento estrangeiro direto. Inicialmente, isso teve um efeito positivo e animou os mercados, mas hoje a gigante do setor imobiliário, Evergrande, atrasou o pagamento de US$ 547 milhões em dívidas, expondo uma crise de proporções ainda incertas na gigante asiática.
Na Europa, a semana começa com uma forte queda, influenciada pela preocupação com a situação na China, especialmente a desvalorização das ações de empresas mineradoras, uma vez que a China é o maior consumidor de minério de ferro, e a commodity tem sofrido com a crise imobiliária chinesa.
Agravando a situação, a presidente do Banco Central Europeu, Christine Lagarde, proferiu um discurso contundente, deixando claro que as taxas de juros, ou seja, os custos de empréstimos, permanecerão elevadas pelo tempo necessário para alcançar a meta de inflação de 2%. Há consenso de que a última elevação das taxas na Europa atingiu o pico em 4%. Agora, a questão é quando elas começarão a cair.
E para esta semana?
A semana se apresenta com uma série de indicadores significativos. Nos Estados Unidos, destacam-se o anúncio do Produto Interno Bruto (PIB) do terceiro trimestre na quinta-feira, seguido pelo Índice de Gastos Pessoais (PCE) e um pronunciamento de Powell na sexta-feira. Na zona do euro, aguardamos o Índice de Preços ao Consumidor (CPI) na sexta-feira, juntamente com dados da Alemanha na quinta-feira. No Brasil, teremos o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) amanhã, terça-feira, cujo resultado pode influenciar uma possível aceleração ou não no próximo corte da taxa de juros.
Análise do Ouro
O contrato de ouro XAUUSD mantém-se confinado dentro do triângulo delineado no panorama da semana anterior, reforçando a zona de acumulação. Esse comportamento reflete uma certa incerteza no mercado. Espera-se que, até o final da semana, ocorra um movimento direcional, que estará atrelado às expectativas em relação aos dados de inflação. É essencial que observemos os níveis superiores e inferiores do padrão gráfico, aguardando a confirmação de um rompimento. Vale a pena destacar que na última quarta-feira, ocorreu um falso rompimento, o que requer uma abordagem cautelosa.
Análise do Euro/Dólar
O par EURUSD continua registrando novas sequências de quedas. No panorama anterior, recomendamos posições de venda, dadas a forte tendência de baixa e a expectativa de fortalecimento do dólar, principalmente devido ao discurso restritivo de Powell. Agora, observamos um possível aumento nas taxas de juros nos Estados Unidos, combinado com um consenso de encerramento do ciclo de juros na zona do euro, o que está contribuindo para essa substancial desvalorização.
O próximo nível de suporte crítico encontra-se em US$ 1,05, conforme indicado na imagem. É aconselhável manter um olhar atento sobre os dados de inflação desta semana. Aqueles que negociam esse par precisam monitorar de perto as flutuações tanto no valor do euro quanto no dólar americano.
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