Os dados de inflação nos Estados Unidos assumem um papel de destaque nesta semana, enquanto a China toma novas medidas para impulsionar sua economia. Confira esta e outras notícias no Panorama Semanal de hoje!
Na semana passada, uma série de indicadores destacou a solidez da economia dos Estados Unidos. Os indicadores de atividade no setor de serviços superaram as expectativas, reforçando a perspectiva que surgiu na semana anterior: a possibilidade de o Federal Reserve (FED) se ver obrigado a aumentar as taxas de juros neste mês para conter o crescimento econômico e evitar um aumento na inflação. Ainda assim, a inflação está distante da meta estabelecida pelo Banco Central americano. Isso evidencia a incerteza em relação ao fim do ciclo de aumento de juros nos Estados Unidos.
As apostas no CME Group indicam uma probabilidade de 93% de manutenção da taxa atual, e qualquer desvio dessa expectativa certamente resultaria em forte volatilidade nos mercados de ações. O Índice de Preços ao Consumidor (CPI) de agosto, a ser divulgado na quarta-feira, pode influenciar essas previsões caso não corresponda às expectativas. Vale lembrar que a próxima reunião do FOMC está marcada para o dia 20, na próxima quarta-feira. Mesmo se a taxa atual for mantida, os investidores já estão voltando suas expectativas para a reunião de 1º de novembro, com 60% de probabilidade de manutenção e 40% de probabilidade de um novo ajuste positivo.
Por outro lado, a China apresentou sinais adicionais de fragilidade em sua economia, com quedas tanto nas exportações quanto nas importações. Isso lança dúvidas sobre a capacidade do governo chinês de alcançar sua meta de crescimento do PIB em torno de 5% para este ano. As autoridades chinesas estão agora considerando medidas de estímulo para melhorar esses números.
Como parte de uma iniciativa para revitalizar sua economia, a China relaxou as regras para que as seguradoras invistam em ações no último domingo e, no final desta semana, reduzirá o requisito de reserva compulsória em moeda estrangeira de 6% para 4%.
É importante ressaltar que o desenvolvimento econômico na China tem um impacto direto sobre o Brasil, dado o seu status como um grande consumidor das commodities que produzimos. Portanto, é uma consideração relevante para aqueles que estão operando no mercado brasileiro, especialmente com o lançamento do IBOV na ZERO Markets.
O petróleo volta a ser uma preocupação nos mercados globais.
Aumentando a tensão no cenário internacional, tanto a Arábia Saudita quanto a Rússia estão comprometidas em seguir adiante com seus planos de reduzir a oferta de petróleo, com o objetivo de impulsionar os preços desta commodity. Desde junho, o petróleo WTI acumulou um aumento de 29%, subindo de US$68 por barril para US$88 hoje, o que tem um impacto inflacionário direto e indireto em toda a economia.
Sem dúvida, isso poderia servir como um catalisador para aumentos adicionais nas taxas de juros.
Perspectivas para esta semana:
Na semana que se inicia, os destaques recaem sobre os indicadores de inflação nos Estados Unidos, com o Índice de Preços ao Consumidor (CPI) agendado para quarta-feira e o Índice de Preços ao Produtor (PPI) na quinta-feira. Além disso, teremos os números das vendas no varejo também na quinta-feira e a produção industrial de agosto na sexta-feira. Todos esses indicadores exercem um peso significativo sobre a decisão do FOMC na próxima semana.
Por outro lado, na Zona do Euro, o foco das atenções se concentra na reunião do Banco Central Europeu (BCE), que irá deliberar sobre as taxas de juros na quinta-feira.
Análise do Ouro:
O contrato de Ouro XAUUSD registrou cinco dias consecutivos de queda, refletindo o fortalecimento do dólar americano, levando-o novamente abaixo das médias móveis de 21 e 50 períodos. Os movimentos recentes do Ouro estão diretamente relacionados à variação do dólar, que pode ser acompanhada pelo contrato DXY, o qual, por sua vez, está intimamente ligado às expectativas em relação às taxas de juros futuras. Dependendo dos resultados do Índice de Preços ao Consumidor (CPI) na quarta-feira, o contrato XAUUSD pode ter o potencial de iniciar uma tendência de alta, com um alvo estabelecido em US$1982.
Análise do Euro/Dólar:
O par de moedas EURUSD recentemente rompeu um suporte crucial na forma da média móvel de 200 períodos, conforme previsto no panorama da semana anterior, atingindo exatamente o nível de suporte em US$1,068. Hoje, o par está se valorizando, em resposta à queda do DXY. Ainda é prematuro antecipar uma reversão da tendência, mas, sem dúvida, até o final da semana, veremos um movimento direcional. Em caso de um cenário positivo, consideraria operações de compra acima de US$1,08, enquanto em caso de uma tendência negativa, exploraria posições de venda abaixo de US$1,068.
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