Fed adia aumento de juros: Análise das repercussões nos mercados

Neste artigo, vamos abordar três importantes desenvolvimentos nas principais instituições financeiras globais e suas implicações no cenário econômico atual. Primeiramente, discutiremos a recente pausa no aperto monetário do Federal Reserve (Fed) nos Estados Unidos e analisaremos o impacto dessa decisão nos mercados. Em seguida, examinaremos o Banco Central Europeu (BCE) e sua mais recente alta de juros, considerando o contexto de uma inflação em alta na zona do euro. Por fim, exploraremos as expectativas do mercado em relação à próxima reunião do Federal Open Market Committee (FOMC) em julho, com foco nas apostas para um novo aperto monetário. Ao compreender essas atualizações cruciais, os investidores estarão melhor preparados para tomar decisões informadas em seus portfólios e acompanhar as tendências econômicas globais.

FED pausa aperto monetário, mas será o fim?

O Federal Reserve (Fed) fez história ao decidir manter as taxas inalteradas pela primeira vez desde o início do ciclo de aumento em março do ano passado. No entanto, apesar dessa postura cautelosa, o banco central deixou claro que não encerrou os aumentos, indicando que ainda há planos para mais dois aumentos ao longo deste ano.

Em uma revisão de suas projeções, o Fed elevou a previsão da taxa de referência, estabelecendo uma taxa terminal de 5,6% até meados de 2023. Isso representa um aumento em relação à estimativa anterior de 5,1% em março, sugerindo que dois aumentos adicionais ainda estão no radar. Os participantes do mercado esperavam um aumento de cerca de 0,25% na perspectiva de aumento das taxas pelo Fed.

Apesar dessas perspectivas, o presidente do Fed, Jerome Powell, enfatizou que as decisões futuras sobre as taxas serão tomadas em cada reunião, sem revelar informações sobre a reunião de julho.

BCE faz nova alta de juros, atingindo a máxima em 22 anos.

Nesta quinta-feira, o Banco Central Europeu (BCE) realizou o esperado aumento das taxas de juros, marcando a oitava elevação consecutiva. Além disso, o BCE indicou que planeja adotar medidas adicionais de aperto em suas políticas monetárias em resposta ao desafio representado pela crescente inflação.

Após elevar a taxa em 0,25%, agora em 3,5%, o BCE declarou em comunicado: “As futuras decisões do Conselho do BCE garantirão que as principais taxas de juros do BCE sejam levadas a níveis suficientemente restritivos para alcançar um retorno oportuno da inflação à meta de médio prazo de 2%”. A inflação na Zona do Euro está em 6%, em comparação com mais de 10% no ano passado.

Apostas do FOMC para julho.

Apesar da pausa no aperto monetário na última reunião, diante da fala de Powell, as apostas para um novo aperto monetário de 0,25% apenas foram transferidas para a próxima reunião, que ocorrerá no dia 26 de julho. Atualmente, há uma maioria de 67% de apostas para um novo ajuste positivo e 33% de apostas para manutenção.

Probabilidade de ajuste da taxa do FED para reunião em 26 de Julho. (CMEGroup)

Análise do Euro. 

Após o rompimento da linha de tendência de baixa na semana passada, o par EUR/USD vinha sendo negociado próximo à resistência em US$1,07, a qual foi rompida após a pausa nos juros americanos na quarta-feira. Além disso, teve um desempenho significativo após o ajuste de juros do BCE na quinta-feira, com uma impressionante alta de 1,2%. Atualmente, estamos dentro da zona de consolidação, com um forte potencial para testar novamente a resistência em US$1,10.

EURUSD, 1D (TradingView) 
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