Crise dos Bancos: Tudo o que você precisa saber sobre a Crise Bancária

Conheça os problemas específicos enfrentados pelo SVB – Silicon Valley Bank, a solução encontrada pelas autoridades americanas para conter a crise e a aquisição do Credit Suisse pelo UBS – Union Bank of Switzerland. Também vamos entender a a natureza das crises bancárias e a difícil decisão que o Banco Central Americano (FED – Federal Reserve) tem pela frente sobre as taxas de juros diante dos problemas enfrentados pelo setor bancário.

Entenda a tensão no setor bancário e as recentes falências dos bancos nos EUA e Europa em menos de 5 minutos com nosso analista, Marcos Praça, neste vídeo.

Tensão no setor bancário.

Para aqueles que participaram e ainda se lembram da crise financeira global de 2008, ou mesmo da crise bancária europeia que ocorreu um pouco depois, a turbulência da semana passada no setor bancário pode não ter gerado tanta preocupação assim.

A história começa no final da semana passada, quando três grandes bancos dos EUA faliram de forma repentina, o que gerou preocupação e incerteza no mercado financeiro. A possibilidade de um caos especulativo nas bolsas era iminente, mas as autoridades americanas agiram rapidamente e garantiram os depósitos dos clientes do SVB – Silicon Valley Bank, além de fornecerem empréstimos para bancos que necessitavam de liquidez.

Após a intervenção, a situação se acalmou e os especialistas começaram a investigar o ocorrido para entender as causas do problema, gerando uma variedade de interpretações.

No entanto, o cenário ainda estava instável quando o Credit Suisse, um banco suíço de grande porte, apresentou um risco significativo para o setor bancário europeu, trazendo novas preocupações para o mercado financeiro.

Vamos ligar os pontos

De repente, todo mundo no Mercado se tornou analista bancário essa semana, comentando sobre liquidez de ativos bancários e usando termos sofisticados para fundamentar suas opiniões. Essa é a natureza das crises, ou mini-crises, financeiras: elas fazem com que as pessoas fiquem nervosas e tentem entender o que está acontecendo.

Até alguns dias atrás, ninguém tinha ouvido falar do SVB – Silicon Valley Bank, e a descoberta do problema estava causando pânico, exatamente porque é algo que acontece de repente, deixando todos perplexos. Mas, sendo otimista, os problemas do SVB são pontuais e podem ser contidos, sendo caracterizados por:

1- A base de clientes é concentrada em um nicho específico.

2- A gestão de risco foi mal realizada.

3- Houve um alto volume de saques.

Comparado com a crise de 2008, quando o cenário era uma bagunça completa envolvendo temas muito mais complexos, como obrigações de dívida e garantias, desta vez foi diferente. As autoridades americanas responderam rapidamente com um pacote de resgate para os correntistas do SVB e ofereceram empréstimos para todo o sistema bancário americano.

Isso tudo aconteceu em um final de semana, de forma assustadoramente rápida, e sinaliza que o problema não é tão grande assim e de fato pode ser controlado facilmente.

No entanto, é importante lembrar que os sinais de alerta ainda estão lá, e ser otimista antes de uma grande crise financeira é comum.

SVB – Silicon Valley Bank (Banco do Vale do Silício)

Vamos falar do Credit Suisse

Sejamos sinceros, a poeira ainda está alta no setor bancário europeu, e os investidores estão apreensivos sobre o desfecho que tudo isso pode desencadear.

O ponto central é o Credit Suisse, um banco que já vinha apresentando problemas há algum tempo, muito antes do SVB entrar em colapso e pedir falência. Mas esses dois eventos, aparentemente sem uma ligação direta, ocorreram em um curto intervalo de tempo, deixando todos incomodados com a ideia de que o Credit Suisse poderia pedir falência também.

No entanto, a solução dessa vez veio do seu maior concorrente, o UBS – Union Bank of Switzerland. O banco anunciou no domingo, dia 19 de março, que havia fechado a compra do Credit Suisse por US$3,25 bilhões.

A combinação dos dois concorrentes suíços resultará em um banco com mais de US$5 trilhões em ativos totais. O empenho foi tanto para que essa compra ocorresse que o governo suíço emitiu um decreto de emergência permitindo a venda do Credit Suisse sem a aprovação de acionistas.

Sem dúvida, isso acalmará os nervos por enquanto, onde os mercados futuros já ensaiam uma recuperação das perdas da semana passada. Mas será que não veremos mais problemas, ou estamos à beira de um colapso maior?

Credit Suisse

Decisões difíceis para os Bancos Centrais.

Não está sendo um momento fácil para o Fed – Federal Reserve e o Banco Central Europeu, pois cabe a eles enfrentarem as decisões sobre as taxas de juros.

Na quinta-feira passada, o BCE manteve o plano e ajustou a taxa da zona do euro em 0,5 ponto percentual, demonstrando calma e equilíbrio. Isso parece uma decisão inteligente, pois estão enfrentando uma inflação muito alta e não seria prudente demonstrarem maior preocupação com o setor bancário do que com o aumento dos preços.

Na quarta-feira, dia 22 de março, teremos o FOMC e o Copom decidindo sobre ajustes nas taxas de juros dos EUA e do Brasil, respectivamente. Podemos esperar forte volatilidade nesta semana, e é importante lembrar de manter uma boa dose de humildade e aceitar que, a qualquer momento, tudo pode mudar.

O sistema financeiro é um pilar fundamental da economia global e qualquer sinal de instabilidade pode gerar impactos significativos em diversos setores. Esses eventos recentes demonstram a importância de se manter vigilante em relação ao setor bancário e de se ter medidas de proteção para evitar possíveis crises. No entanto, é importante ressaltar que os bancos são regulados por agências governamentais e possuem mecanismos de proteção para garantir a solidez do setor. É importante acompanhar a situação com cautela, mas não há motivo para pânico: a história já nos ensinou que o setor bancário pode enfrentar desafios e superá-los.

Marcos Praça
FOREX | AÇÕES CFDs | ÍNDICES | COMMODITIES | METAIS | CRIPTO

A ZERO Markets é uma corretora de confiança que oferece CFD trading no mercado global, totalmente regulada e licenciada para seu conforto e segurança. Oferecendo o melhor ambiente de trading com spreads reduzidos a partir de 0.0 pip, plataformas de última tecnologia e depósito instantâneo via Boleto e Pix.

Termo de responsabilidade:
Zero Financial Pty Ltd, uma empresa constituída na Austrália com Australian Company Number 623 051 641, em Suite 303 Level 3 10 Bridge Street, Sydney NSW 2000, Austrália, é um agente operacional da Zero Markets LLC. Todos os pagamentos relacionados ao Paysafe são operados por Zero Financial Pty Ltd. Os recursos de nossos produtos, incluindo taxas e encargos, estão descritos nos documentos legais relevantes disponíveis em nossos sites. Os documentos legais devem ser considerados antes de realizar transações conosco. Os clientes que recebem serviços em São Vicente e Granadinas são fornecidos pela Zero Markets LLC, que é uma empresa registrada de São Vicente e Granadinas, número de responsabilidade limitada 503 LLC 2020. Consulte os documentos legais neste site ou baixe nosso SVG Privacy Policy.

© 2023 ZERO Markets. All Right Reserved. Privacy Policy | Terms & Conditions