Mercados globais sob alta volatilidade: dados econômicos cruciais e expectativas de políticas monetárias movimentam a semana. Acompanhe as tendências no ouro e EUR/USD e fique por dentro das oportunidades e riscos.
A semana passada começou com uma queda ampliada nos mercados, impulsionada pelo temor de uma possível recessão, especialmente após a divulgação do fraco relatório de empregos (payroll) de julho nos Estados Unidos. No entanto, o período terminou de forma surpreendentemente tranquila. O cenário inicial, que indicava uma tendência de aversão ao risco, foi rapidamente substituído por uma mudança no sentimento dos investidores.
O payroll mais fraco do que o esperado inicialmente gerou receios de uma recessão iminente, resultando em alta das ações e queda do dólar e dos juros. Apesar disso, a semana foi marcada por uma agenda econômica relativamente modesta. Um dos destaques foi a queda acentuada nos pedidos de auxílio-desemprego, que trouxe alívio aos investidores e temporariamente dissipou os temores de recessão. Embora esse dado, divulgado semanalmente, tenha impacto menor que o payroll, ele foi suficiente para zerar as perdas acumuladas.
Paralelamente, houve uma mudança nas expectativas em relação à política monetária do Federal Reserve (Fed). No início da semana, o mercado apostava em um corte mais agressivo de 0,50 ponto percentual nos juros em setembro. No entanto, à medida que novos dados foram assimilados, a expectativa foi revisada para um corte mais modesto de 0,25 ponto percentual. Essa revisão foi reforçada por declarações de membros do Fed, sugerindo que a reação inicial do mercado foi exagerada.
Nos Estados Unidos, as bolsas fecharam a semana em alta, embora de forma tímida. No Brasil, o cenário também foi de recuperação. O pânico externo parecia inicialmente ameaçar a perspectiva de cortes na taxa Selic. Entretanto, a ata do Comitê de Política Monetária (Copom) revelou um tom mais “hawkish” do que o comunicado anterior, sugerindo uma postura conservadora por parte do Banco Central. Declarações de Gabriel Galípolo e a inflação (IPCA) acima do esperado também contribuíram para essa percepção.
A queda do dólar ao longo de quatro sessões consecutivas, totalizando um recuo de 3,4% na semana, trouxe alívio adicional. Essa desvalorização foi influenciada pela perspectiva de cortes nos juros nos Estados Unidos, que, se confirmada, poderá reduzir a pressão para uma Selic mais elevada. Além disso, a sinalização do Banco do Japão (BoJ) de que não pretende elevar os juros enquanto os mercados permanecerem instáveis também ajudou a acalmar os mercados.
No mercado de ações, o Ibovespa registrou alta de 3,78% na semana, apesar de desafios como o prejuízo reportado pela Petrobras. Em resumo, o cenário que começou com incertezas e temores acabou se estabilizando, com uma combinação de fatores globais e locais que ajudaram a acalmar os mercados e permitiram uma recuperação, ainda que cautelosa.
Perspectiva para a Semana
Após uma semana com poucos indicadores econômicos, a nova semana promete trazer movimentações mais significativas. Começa de forma tranquila, mas na terça-feira já teremos o Índice de Preços ao Produtor (PPI) nos Estados Unidos. Na quarta-feira, atenção ao Índice de Preços ao Consumidor (CPI) tanto nos Estados Unidos quanto no Reino Unido, que deve ser o evento mais impactante da semana, com potencial para gerar forte volatilidade nos mercados. Qualquer dado fora das expectativas pode aumentar a tensão nos mercados, exigindo cautela.
Na quinta-feira, o Produto Interno Bruto (PIB) do Reino Unido e os dados de vendas no varejo dos EUA estarão em foco. Esses indicadores podem amplificar os movimentos observados na quarta-feira.
Considerando a alta volatilidade da semana passada, mesmo sem indicadores relevantes, esta semana promete ser ainda mais agitada, especialmente na quarta e quinta-feira. É essencial ficar atento aos horários de divulgação dos dados para reagir rapidamente às movimentações do mercado.
Análise do Ouro (XAU/USD)
O contrato de ouro XAU/USD encontrou um forte suporte na média móvel de 50 períodos no gráfico diário. Após esse suporte, os compradores impulsionaram o preço até a resistência, onde se formou um candle de indecisão (Doji). A semana começa com o ouro ainda dentro da zona de resistência, mantendo um cenário incerto. A expectativa é de baixa volatilidade até a divulgação dos dados de inflação no meio da semana. Até lá, é prudente aguardar o fechamento do candle de hoje para confirmar a direção do movimento.
Análise do Euro/Dólar (EUR/USD)
Na última segunda-feira, o par EUR/USD tentou um rompimento, mas foi rejeitado pelo mercado, deixando um pavio longo no gráfico diário. A seguir, o par acumulou quatro dias de baixa, permanecendo dentro da zona de consolidação, inclusive nesta segunda-feira. A expectativa é de baixa volatilidade até o meio da semana, embora possam surgir oportunidades de operação próximas à resistência.
Artigo por Marcos Praça, Analista ZERO Markets
Atenção: A opinião do analista Marcos Praça, CNPI-T 4199, é de responsabilidade exclusiva do autor e não representa necessariamente a opinião da ZERO Markets. Aviso de Risco: As informações fornecidas neste vídeo são de natureza geral com o propósito de educar. Estas informações não constituem aconselhamento de investimentos de forma alguma, nem têm qualquer relação com os objetivos de investimentos específico, situação financeira ou necessidades individuais de qualquer pessoa em particular que os receba. Invista com Responsabilidade: Investir no mercado financeiro apresenta um risco elevado e pode não ser adequado para todos os investidores. A corretora ZERO Markets não aceita aplicação de residentes de países ou jurisdições nas quais o uso e distribuição viole as leis e regulamentos locais.
A ZERO Markets é uma corretora de confiança que oferece CFD trading no mercado global, totalmente regulada e licenciada para seu conforto e segurança. Oferecendo o melhor ambiente de trading com spreads reduzidos a partir de 0.0 pip, plataformas de última tecnologia e depósito instantâneo via Boleto e Pix.
Termo de responsabilidade:
Zero Financial Pty Ltd, uma empresa constituída na Austrália com Australian Company Number 623 051 641, em Suite 303 Level 3 10 Bridge Street, Sydney NSW 2000, Austrália, é um agente operacional da Zero Markets LLC. Todos os pagamentos relacionados ao Paysafe são operados por Zero Financial Pty Ltd. Os recursos de nossos produtos, incluindo taxas e encargos, estão descritos nos documentos legais relevantes disponíveis em nossos sites. Os documentos legais devem ser considerados antes de realizar transações conosco. Os clientes que recebem serviços em São Vicente e Granadinas são fornecidos pela Zero Markets LLC, que é uma empresa registrada de São Vicente e Granadinas, número de responsabilidade limitada 503 LLC 2020. Consulte os documentos legais neste site ou baixe nosso SVG Privacy Policy.
© 2023 ZERO Markets. All Right Reserved. Privacy Policy | Terms & Conditions