Eleições e Inflação Dividem o Mercado I Panorama Semanal

🌐📈 O mercado financeiro está em intensa especulação com eleições dos EUA e da França, a volatilidade no Brasil e as expectativas para os resultados do segundo trimestre. Confira nossas análises do ouro e EUR/USD e prepare-se para os próximos dias! 💹📊

As eleições na França e nos EUA têm gerado fortes especulações nos últimos pregões. Nos EUA, o atual presidente e candidato pelo Partido Democrata, Joe Biden, enfrenta grande pressão de seu próprio partido para desistir da candidatura. Essa pressão começou há duas semanas, após o debate contra Donald Trump, no qual a performance de Biden não agradou ao partido, que acredita que isso pode prejudicar sua recandidatura e seu desempenho em um possível próximo mandato. Os candidatos precisam ser definidos este mês, deixando pouco tempo para mudanças, especialmente considerando que Biden tem resistido à pressão.

Na Europa, a especulação gira em torno das eleições francesas, onde o partido de esquerda surpreendentemente saiu vitorioso, aliviando as preocupações de que o partido de extrema direita pudesse conquistar a maioria das cadeiras. No entanto, o parlamento ficou dividido, evidenciando a instabilidade política.

No Brasil, após um período de intensa volatilidade no mercado de câmbio e nos juros futuros, houve um alívio significativo na última semana devido à mudança de postura do governo e ao compromisso de reduzir cerca de R$ 26 bilhões em despesas no Orçamento do próximo ano para cumprir as metas fiscais. Após Fernando Haddad defender uma “revisão na comunicação” governamental, Lula seguiu a sugestão dos aliados, cessando os ataques a Campos Neto e ao Banco Central, e passou a apoiar a equipe econômica e o arcabouço fiscal, reiterando o compromisso com o controle dos gastos públicos.

No cenário internacional, a semana também foi positiva para os mercados. Jerome Powell elogiou os recentes avanços na inflação medida pelo PCE, expressando o desejo de ver mais dados semelhantes aos observados recentemente. Embora não tenha fixado uma data precisa para o início dos cortes nas taxas de juros, o mercado aposta em setembro como possível período. Apesar do relatório de empregos ter ficado ligeiramente acima das expectativas, a revisão para baixo dos números de abril e maio, além do aumento na taxa de desemprego, reforçou a expectativa de que o Federal Reserve dos EUA está se aproximando de uma política monetária mais flexível.

Destaca-se também a vitória do Partido Trabalhista no Reino Unido, que desbancou os conservadores após 14 anos no poder, marcando uma mudança significativa no cenário político britânico.

Previsões para a Semana

A temporada de divulgação de resultados do segundo trimestre começará esta semana, e os holofotes estarão novamente direcionados para as Sete Magníficas. Os destaques incluem dois discursos de Jerome Powell, na terça e quarta-feira, com foco na política monetária, e os dados de inflação americana, o CPI e o PPI, que serão divulgados na quinta e sexta-feira.

No Brasil, estão previstos os números do IPCA, vendas no varejo e o volume de serviços. Além disso, no Congresso, deve ser votada a regulamentação da reforma tributária, o que promete ser um ponto crucial para o cenário econômico nacional.

Lembre-se, o principal ponto de especulação no momento é o primeiro corte de juros do FED, esperado para setembro. Qualquer dado que adie essa projeção tende a estressar os mercados. Portanto, atenção ao CPI na quinta-feira.

Análise do Ouro

O contrato de ouro (XAUUSD) rompeu a linha de tendência de baixa e apresentou uma forte valorização até um importante ponto de resistência, próximo aos $2.400. Nesta segunda-feira, o ativo iniciou a semana devolvendo os ganhos do último pregão, com uma queda de 1,6%. Atualmente, estamos no meio da zona de consolidação, sem uma tendência clara para os próximos movimentos. É provável que o ativo permaneça lateralizado até a divulgação de dados relevantes, como o CPI, no final da semana.

Análise do Euro/Dólar

O par EURUSD rompeu a resistência/suporte no meio do triângulo simétrico, seguindo para testar a linha de tendência de baixa e posicionando-se acima das médias móveis de 50 e 200 períodos no gráfico diário. Esse movimento mantém o preço dentro da figura gráfica por mais tempo, indicando um forte período de acumulação. À medida que a figura se estreita, um rompimento é iminente. Portanto, é essencial ficar atento aos extremos do triângulo.

Artigo por Marcos Praça, Analista ZERO Markets

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