esta semana, os mercados financeiros estão em ebulição com uma série de eventos econômicos e políticos de grande relevância. Nos Estados Unidos, a corrida presidencial entre Trump e Biden ganha destaque com o primeiro debate, enquanto importantes indicadores econômicos, como o índice de preços de gastos com consumo (PCE) e a revisão final do PIB, prometem movimentar o mercado. No Brasil, a atenção se volta para as decisões do Banco Central e a divulgação de dados econômicos cruciais. Além disso, a análise técnica do ouro e do par Euro/Dólar revela tendências e oportunidades de negociação que não podem ser ignoradas. Acompanhe as principais notícias e análises que impactarão suas decisões de investimento.
A corrida presidencial nos Estados Unidos começou de forma intensa. Antes de prosseguir, vale a pena rever os acontecimentos da semana passada.
A semana foi marcada por agitação nos mercados brasileiros, com o presidente Lula entrando em conflito com a Faria Lima e, especialmente, com Roberto Campos Neto. O dólar atingiu R$ 5,46, o maior valor em quase dois anos, e os juros futuros apresentaram volatilidade. Lula reiterou suas críticas a Campos Neto, chamando-o de “adversário político e ideológico”. Sobre a alta do dólar, Lula minimizou preocupações, sugerindo que é hora de considerar uma mudança no comando do Banco Central e expressando confiança na normalização da situação em breve. Apesar das tensões políticas, o Banco Central manteve a calma e o Copom decidiu, de forma unânime, não alterar a taxa Selic, citando um “cenário global incerto e resiliência na atividade econômica doméstica, com projeções de inflação elevadas e expectativas desalinhadas”.
Em Nova York, após uma série de recordes, Wall Street finalmente viu uma realização de lucros, com investidores lucrando com ações de empresas de tecnologia, especialmente da Nvidia. A empresa, líder em inteligência artificial, brevemente se tornou a mais valiosa do mundo na semana passada, alcançando o notável valor de mercado de US$ 3,33 trilhões. No entanto, após atingir seu topo na quinta-feira, a Nvidia tem acumulado um forte movimento de correção, com uma queda de 15%. Essa correção da Nvidia tem impactado outros mercados, como o da Ásia, e até mesmo o Bitcoin, que nesta segunda-feira está sendo negociado perto do suporte de 60 mil dólares.
Apesar do mal-estar no setor de tecnologia, o principal índice americano S&P 500 e o europeu Stoxx 600 seguem positivos neste início de semana.
Corrida Presidencial nos EUA
A corrida presidencial nos Estados Unidos já começou e, a partir desta semana, ganhará ainda mais destaque.
Tudo indica que haverá uma revanche entre Trump e Biden, com o primeiro debate presencial marcado para quinta-feira. Esse cenário já é conhecido e, geralmente, caracteriza-se por uma troca de farpas, mas os ânimos entre os apoiadores costumam ficar mais acirrados no território americano. As propostas dos candidatos são bem distintas, e é certo que as especulações no mercado financeiro, baseadas nas declarações e na popularidade dos candidatos, vão se intensificar.
Destaques Econômicos e Políticos da Semana
O destaque nos mercados internacionais desta semana será o índice de preços de gastos com consumo em maio nos EUA (PCE), a principal métrica de inflação acompanhada pelo Fed, que será divulgado na sexta-feira. Antes disso, a agenda econômica inclui eventos significativos como a revisão final do PIB dos EUA do primeiro trimestre na quinta-feira, decisões de política monetária na Turquia e no México, além do primeiro debate presidencial entre Trump e Biden na quinta-feira à noite.
No Brasil, o Congresso estará relativamente parado devido às festas juninas no Nordeste. No entanto, a semana será movimentada com a divulgação da ata do Copom amanhã, o IPCA-15 na quarta-feira, seguido pelas contas do Governo Central, o Relatório Trimestral de Inflação e dados de emprego do Caged na quinta-feira.
Análise do Ouro
O contrato de ouro XAU/USD deixou um topo mais baixo que os dois anteriores no final da semana passada, evidenciando uma linha de tendência de baixa na tendência terciária. É recomendável cautela com o ouro, pois há três tendências bem definidas: a primária (mais longa) de alta, a secundária (médio prazo) de consolidação, e a terciária (curto prazo) de baixa.
Análise do Euro/Dólar
O par EUR/USD respeitou a linha de tendência de alta e subiu até a resistência que marca o meio de um triângulo simétrico de longo prazo. O ativo vem acumulando dentro do triângulo há algum tempo, e o espaço está ficando menor. Em breve, veremos um rompimento, mas pode não ocorrer esta semana. Nesse cenário, o ideal é operar os extremos da figura gráfica. Hoje, por exemplo, houve uma ótima oportunidade de compra no suporte no início do pregão.
Artigo por Marcos Praça, Analista ZERO Markets
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