Perspectivas de juros e inflação na Europa, EUA e Brasil I Panorama Semanal

🔍📈 No artigo de hoje, analisamos as tendências e eventos econômicos que podem impactar os mercados financeiros nesta semana. Exploramos o comportamento do ouro e do Euro/Dólar, e discutimos as perspectivas de juros e inflação na Europa, nos EUA e no Brasil.

A semana começa fraca devido aos feriados nos EUA e no Reino Unido, mas termina com dados importantes e decisivos.

O mercado americano enfrentou um choque de realidade na última semana com a divulgação da Ata do Fed, que trouxe um tom mais duro do que o esperado. A ata revelou que muitos membros estão dispostos a aumentar ainda mais os juros caso a inflação estagne ou volte a subir. Com isso, os investidores estão abandonando a aposta de dois cortes de juros ainda este ano, embora ainda esperem pelo menos uma redução das taxas em novembro ou dezembro. O forte balanço da Nvidia foi praticamente o único alívio na semana passada para os investidores de ações, fazendo o Nasdaq bater um novo recorde de fechamento. A empresa, que é chave na expansão e desenvolvimento da Inteligência Artificial, apresentou resultados excelentes e projeções animadoras, resultando em uma valorização de 11% em suas ações em um único pregão, enquanto o S&P 500 despencava.

No Brasil, o ruído vindo de Brasília se juntou ao cenário externo desfavorável, impactando negativamente os ativos de risco. O ministro Fernando Haddad causou mal-estar ao declarar que a atual meta de inflação de 3% é “exigentíssima” e “inimaginável”, justamente no momento em que o mercado aguarda o decreto que regulamenta a meta contínua e a definição da meta dos próximos anos, prevista para a reunião do CMN em junho. O presidente do Banco Central, Campos Neto, comentou que a expectativa de inflação está “subindo bastante no Brasil” e que isso “é notícia ruim para o BC”. Segundo ele, a credibilidade do Banco Central é um dos fatores que colaboram para a elevação das expectativas, juntamente com o cenário externo e a questão fiscal.

Essa discussão sobre metas não é exclusiva do Brasil. O diretor do Federal Reserve, Christopher Waller, afirmou na sexta-feira que a trajetória dos Estados Unidos está “insustentável” e que, se a oferta de títulos do Tesouro americano para pagar a dívida ultrapassar a demanda do mercado, pode ser necessário aumentar a taxa de juros neutra do país em breve. Isso significaria abandonar os planos de taxas ultrabaixas e possivelmente alterar a meta de inflação.

O Bank of America projeta que os bancos centrais das economias desenvolvidas seguirão trajetórias divergentes no futuro próximo. Enquanto o Federal Reserve dos Estados Unidos não deve reduzir as taxas de juros tão cedo, o Banco Central Europeu (BCE) e o Banco do Canadá (BoC) estão próximos de iniciar ciclos de flexibilização. O Banco da Inglaterra (BoE) enfrenta uma situação mais delicada. Os diferentes países desenvolvidos têm experimentado padrões econômicos distintos, com os Estados Unidos apresentando uma recuperação notável, enquanto a zona do euro e o Canadá enfrentam retomadas mais moderadas. Segundo o Bank of America, o Reino Unido ainda está longe de recuperar sua tendência pré-pandemia. Após uma forte desinflação impulsionada pela oferta em 2023, a demanda agora está pressionando a inflação, pelo menos nos Estados Unidos.

Previsões do Mercado para Esta Semana

A semana começa com baixa liquidez devido aos feriados nos EUA e no Reino Unido. Na terça-feira e ao longo da semana, discursos de membros do Banco Central americano estão previstos, trazendo um tom pessimista ao cenário atual.

Na quarta-feira, espera-se volatilidade no Brasil com a divulgação do IGP e dos dados do Balanço Orçamentário. Na quinta-feira, serão divulgados o PIB e os dados de desemprego nos EUA.

O destaque da semana fica para sexta-feira, quando serão divulgados os dados de inflação da Zona do Euro e o PCE nos EUA, que é o principal indicador de inflação utilizado pelo Fed. Caso o PCE não apresente um número significativamente baixo, as chances de dois cortes de juros este ano nos EUA serão praticamente anuladas, se é que haverá algum corte.

Análise do Ouro

O contrato de ouro XAUUSD não teve força para confirmar um rompimento da máxima histórica no gráfico diário. Na terça-feira, formou um candle de reversão conhecido como “enforcado”, que foi confirmado no dia seguinte com uma sequência de dois candles negativos fortes. Na sexta-feira, deixou um martelo invertido, sinalizando uma possível nova reversão. Esta análise foi feita antes da abertura do mercado na segunda-feira, portanto, a confirmação da reversão dependerá se o preço abrir em alta em relação ao fechamento de sexta-feira. Caso abra em baixa, a tendência de curto prazo poderá continuar, com suporte na média móvel de 50 períodos.

XAUUSD Chart — Gold Spot US Dollar Price — TradingView

Análise do Euro/Dólar

O par EUR/USD está se comprimindo entre uma linha de tendência de baixa e as médias móveis de 50 e 200 períodos no gráfico diário. Indicadores importantes serão divulgados no final desta semana, tanto na Europa quanto nos EUA, o que pode manter a volatilidade do par baixa até lá. Apesar da linha de tendência, é importante estar atento a movimentos de lateralização que possam sinalizar um falso rompimento.

XAUUSD Chart — Gold Spot US Dollar Price — TradingView

Artigo por Marcos Praça, Analista ZERO Markets

Atenção: A opinião do analista Marcos Praça, CNPI-T 4199, é de responsabilidade exclusiva do autor e não representa necessariamente a opinião da ZERO Markets. Aviso de Risco: As informações fornecidas neste vídeo são de natureza geral com o propósito de educar. Estas informações não constituem aconselhamento de investimentos de forma alguma, nem têm qualquer relação com os objetivos de investimentos específico, situação financeira ou necessidades individuais de qualquer pessoa em particular que os receba. Invista com Responsabilidade: Investir no mercado financeiro apresenta um risco elevado e pode não ser adequado para todos os investidores. A corretora ZERO Markets não aceita aplicação de residentes de países ou jurisdições nas quais o uso e distribuição viole as leis e regulamentos locais.


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