Semana repleta de indicadores de inflação promete forte volatilidade I Panorama Semanal

Neste artigo, exploraremos os principais acontecimentos e análises de mercado que impactaram os investidores na semana passada e as expectativas para os próximos dias. Discutiremos a volatilidade provocada por indicadores de inflação, as decisões do Copom e do Federal Reserve, além de análises técnicas sobre o comportamento de ativos como ouro e o par Euro/Dólar. Acompanhe conosco para entender como esses eventos estão moldando as perspectivas econômicas e as estratégias de investimento.

A semana passada foi marcada por uma série de acontecimentos tanto no cenário nacional quanto internacional, que mantiveram os investidores atentos e ansiosos por insights sobre o futuro econômico.

No Brasil, o foco inicial recaiu sobre a calamidade climática que assolou o Rio Grande do Sul. A preocupação inicial dos investidores era que o governo pudesse usar essa tragédia como justificativa para aumentar os gastos, colocando em risco a meta fiscal do país para este ano. No entanto, após intensas negociações políticas e análises detalhadas das leis, ficou estabelecido que os recursos para o socorro às vítimas e a reconstrução do Estado seriam tratados separadamente, seguindo as diretrizes do arcabouço fiscal, o que trouxe um certo alívio para os mercados.

Entretanto, outro evento importante que impactou os investidores foi a decisão do Copom, que evidenciou a divisão entre os diretores do atual governo e do governo anterior. Essa divisão levou o mercado a especular sobre uma possível postura mais tolerante do Banco Central em relação à inflação no próximo ano, especialmente com a perspectiva de que a maioria dos membros do Copom será indicada por Lula. A divulgação do comunicado do Copom foi considerada “hawkish”, o que surpreendeu parte do mercado, que esperava uma postura mais dovish. O mandato do presidente do BC, Roberto Campos Neto, termina no final do ano, quando um novo presidente será escolhido pelo atual presidente da república. O fato é que a metade dos membros que votou para um corte maior nos juros foi justamente a parte ligada ao governo atual, e, como no próximo ano serão maioria, fica evidente a intenção de juros mais baixos, o que acaba impactando diretamente na inflação.

Agora, os investidores aguardam ansiosamente pela ata do Copom, que será divulgada amanhã. Espera-se que esse documento esclareça os motivos por trás do tom mais rígido do comunicado e ofereça alguma orientação sobre o futuro da política monetária do país. Este é um momento crucial para os mercados, que esperam por sinais claros sobre o rumo das taxas de juros e sobre a postura do Banco Central diante das pressões inflacionárias. Lembrando que, enquanto nos EUA estamos tentando prever quando começam os cortes de juros, no Brasil estamos tentando prever quando eles terminam.

Enquanto isso, nos Estados Unidos, os investidores estarão de olho nos dados do PPI e do CPI, que serão divulgados na terça e quarta-feira. Esses números serão fundamentais para entender a dinâmica da inflação na maior economia do mundo e podem influenciar as decisões futuras do Federal Reserve em relação às taxas de juros. Na última semana não tivemos dados relevantes para o cenário americano, mas pudemos notar um contraste forte em relação à política monetária do Reino Unido, onde alguns membros votaram pelo primeiro corte de juros, e, apesar de não ter vencido por maioria, elevou a expectativa de que muito em breve a Europa iniciará o ciclo de cortes, refletindo também na bolsa americana e levando o índice europeu STOXX600 à máxima histórica.

Em resumo, a semana passada foi marcada por uma série de eventos que mantiveram os investidores em alerta, tanto no cenário doméstico quanto no internacional. A expectativa agora é que os próximos dias tragam mais clareza sobre as perspectivas econômicas e as políticas monetárias em ambos os países.

E para esta semana…

Na terça-feira, teremos dados de inflação do produtor (PPI) nos EUA e do consumidor (CPI) na Alemanha. Ainda na terça-feira, teremos a ata do último COPOM no Brasil e o discurso do presidente do banco central americano, Jerome Powell. Na quarta-feira, teremos o PIB da Zona do Euro, CPI nos EUA e mais discursos de membros do FOMC. Na quinta-feira, teremos dados de desemprego dos EUA e mais discursos. E na sexta-feira, fechamos com o CPI da Zona do Euro.

A semana está repleta de indicadores de inflação e discursos importantes, prometendo muita volatilidade. Podemos observar reversões de tendências, então vamos ficar atentos.

Análise do Ouro.

O contrato de ouro XAUUSD rompeu a LTB e seguiu utilizando a mesma como suporte. No final da semana, deixou um candle de força (marubozu) seguido de um candle que levou o preço até próximo da resistência, mas não teve força para romper e fechou deixando um enorme pavio. Nesta segunda-feira, apesar de abrir positivo, aparentemente vai fechar em forte queda, podendo representar um pullback ou uma correção, onde muito provavelmente será decidido amanhã com os dados indicadores do calendário econômico.

XAUUSD Chart — Gold Spot US Dollar Price — TradingView

Análise do Euro/Dólar.

O par EURUSD segue uma tendência primária de alta, mas uma secundária de baixa, com uma forte LTB. Atualmente está sendo negociado entre as médias míveis de 50 e 200 períodos do gráfico diário, onde elas se comportam de maneira “flat” significando baixa volatilidade. A LTB e as médias formam uma forte resistência, onde veremos se o ativo terá força para romper nos próximos dias, muito provavelmente amanhã.

EUR USD Chart — Euro to Dollar Rate — TradingView

Artigo por Marcos Praça, Analista ZERO Markets

Atenção: A opinião do analista Marcos Praça, CNPI-T 4199, é de responsabilidade exclusiva do autor e não representa necessariamente a opinião da ZERO Markets. Aviso de Risco: As informações fornecidas neste vídeo são de natureza geral com o propósito de educar. Estas informações não constituem aconselhamento de investimentos de forma alguma, nem têm qualquer relação com os objetivos de investimentos específico, situação financeira ou necessidades individuais de qualquer pessoa em particular que os receba. Invista com Responsabilidade: Investir no mercado financeiro apresenta um risco elevado e pode não ser adequado para todos os investidores. A corretora ZERO Markets não aceita aplicação de residentes de países ou jurisdições nas quais o uso e distribuição viole as leis e regulamentos locais.


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