Esta semana, o mercado financeiro foi dominado pela performance das techs e pelas preocupações com a inflação nos EUA. Descubra o impacto desses eventos nos investimentos e as perspectivas para os próximos dias. 💼💡
Iniciamos a semana com uma segunda-feira fraca em dados, mas com um forte clima especulativo sobre os eventos futuros. Antes de prosseguirmos, vamos revisar a semana passada…
Na semana passada
Na semana passada, o mercado enfrentou uma forte correção após um ataque direto do Irã a Israel, gerando uma considerável aversão ao risco nos mercados globais. Além disso, houve declarações de Jerome Powell e de alguns membros do Fed, sugerindo que se a alta inflacionária persistir nos EUA, o Banco Central Americano poderá manter os juros em patamares elevados por mais tempo, o que seria desfavorável para os ativos de risco. Apesar de Israel ter contra-atacado na sexta-feira, foi um ataque de pequenas proporções, levando o mercado a entender que a situação deve se estabilizar, pelo menos por enquanto.
As declarações de Powell foram mal recebidas e enterraram as expectativas de três cortes de juros previstos para este ano nos EUA. Na verdade, agora estou considerando apenas um corte, se houver algum. A inflação permanece alta, com os dados surpreendendo positivamente há meses, e, diante de uma economia forte e robusta, não há motivos para o Fed acelerar os cortes. É importante lembrar que o pior cenário seria cortar os juros e a inflação continuar em alta.
Para esta semana…
Para esta semana, há novos eventos no radar… Embora a continuação dos conflitos permaneça uma possibilidade, o foco está nos dados substanciais. A temporada de balanços do primeiro trimestre começou, e esta semana será marcada pelos relatórios de quatro das Sete Magníficas. A divulgação dos resultados da Tesla está prevista para amanhã, seguida pela Meta na quarta-feira e Microsoft e Alphabet na quinta-feira. Na próxima semana, teremos Apple e Amazon, com apenas a Nvidia apresentando seu relatório em 22 de maio. Estes balanços são cruciais para avaliar se o elevado valuation dessas empresas é justificado pelas operações. Vale ressaltar que grande parte do atual boom no mercado de ações é impulsionado pelas empresas de tecnologia, especialmente as Sete Magníficas. Se você quiser saber mais sobre elas, confira o vídeo em nosso canal da ZERO Markets!
Além disso, teremos o PIB do primeiro trimestre dos EUA divulgado na quinta-feira e o PCE na sexta-feira, sendo este último o principal indicador de inflação utilizado pelo Fed. A expectativa é de 0,3%, o mesmo número do mês anterior. Qualquer desvio significativo desse valor pode causar volatilidade nos mercados. Na sexta-feira, teremos também o IPCA no Brasil e a decisão de política monetária do Japão, onde o iene atingiu uma desvalorização recorde frente ao dólar nesta segunda-feira. Espera-se que o BoJ aumente a taxa novamente
Análise do Ouro:
O contrato do ouro XAUUSD registrou uma forte correção nesta segunda-feira, com queda de 2,65% até o momento. Apesar da queda significativa, ainda não a considero uma correção macro ou inversão de tendência, uma vez que atingiu apenas a primeira retração de Fibonacci e continua sendo negociado dentro do retângulo de consolidação previamente identificado. A partir de agora, estaremos atentos a um possível rompimento do retângulo, caso o movimento de queda persista, ou à manutenção da zona de consolidação.
Análise do Euro/Dólar:
O par EURUSD encontrou um novo fundo e permanece consolidado apesar da tendência de baixa. Este pode ser um ponto de acumulação para novas quedas, formando uma figura gráfica conhecida como “mastro bandeira”. Com base nos fundamentos, acredito em novas quedas, especialmente à medida que os Bancos Centrais da Europa sinalizam cortes de juros, enquanto o americano não.
Artigo por Marcos Praça, Analista ZERO Markets
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