Corte de juros adiado, resultados de empresas de tecnologia e volta da crise bancária são os destaques da semana.

Explorando os destaques e tendências dos mercados globais, mergulhe conosco nas últimas atualizações econômicas e seus impactos nos investimentos. De discursos do FOMC a desdobramentos no mercado de ouro e euro/dólar, esteja por dentro das oportunidades e desafios que moldam o panorama financeiro atual. 💡

Que semana! Começando pelas decisões de política monetária, tivemos a presidente do BCE, Christine Lagarde, afirmando que a próxima mudança de juros será um corte, apesar de não se comprometer em dizer quando. Jerome Powell, presidente do Banco Central Americano, também não quis se comprometer e foi até um pouco mais rígido em seu discurso. Segundo Powell, “Estamos em modo de gerenciamento de risco, entre mudar os juros muito cedo ou muito tarde”. Powell ainda afirmou que não houve nenhuma proposta para cortar juros nesta última reunião e que os membros do FOMC estão bastante divididos quanto ao prazo.

Vale lembrar que as apostas do mercado eram majoritárias de que o primeiro corte de juros dos EUA seria na próxima reunião de março e, após esse discurso, essa aposta foi adiada para a reunião de maio, onde já não se tem muita certeza diante dos dados do Payroll.

Payroll surpreende

O Payroll de janeiro surpreendeu a todos, gerando 353 mil novas vagas de emprego, ante uma estimativa de 180 mil – praticamente o dobro! Esse foi mais um banho de água fria na expectativa de corte de juros em breve. Afinal, com um mercado de trabalho tão aquecido, expõe a força da economia americana e pode atrapalhar o plano de levar a inflação à meta de 2%. Tamanha disparidade de dados acabou estressando os mercados, fazendo o contrato DXY subir 0,85% e derrubando o contrato de ouro XAUUSD em 0,75%.

O presidente dos EUA, Joe Biden, comentou os números do payroll, dizendo que a economia do país é a mais forte do mundo e que foi comprovado por mais um mês de fortes ganhos salariais e crescimento do emprego em janeiro, dando continuidade ao forte desempenho do ano passado. Já o ex-presidente e atual candidato às próximas eleições, Donald Trump, acusou Jerome Powell de “direcionamento político” e disse que vai substituí-lo caso seja eleito. Segundo Trump, o FED vai cortar juros para ajudar os democratas na eleição. Lembrando que, ao cortar os juros, a economia tende a destravar, pois cria uma corrida a ativos de risco.

Falando em ativos de risco, mesmo com esse cenário não tão favorável, o S&P500 renovou nova máxima, subindo mais de 1% na última sexta-feira. Estamos em temporada de divulgação de balanços, e as empresas de tecnologia impressionaram em seus resultados. O grande destaque é a Meta, que subiu 20% na sexta-feira e pagou seu primeiro dividendo da história! Somente o CEO Mark Zuckerberg recebeu 700 milhões de dólares em dividendos, que foram distribuídos a 50 cents por ação. A Meta ainda anunciou que pretende distribuir dividendos trimestralmente.

Crise Bancária

A crise bancária voltou a assombrar os mercados após o New York Community Bank sofrer uma forte liquidação e desvalorizar mais de 40% na semana passada. Economistas ainda estão avaliando os riscos de contágio para saber se é algo pontual ou um problema mais amplo.

Perspectivas da Semana

Esta semana, embora não traga muitos indicadores, destaca-se pelos discursos dos membros do FOMC na terça e quarta-feira, quando farão seus primeiros comentários após o forte Payroll de janeiro. Na quinta-feira, teremos o IPCA do Brasil e os dados de emprego dos EUA, que não devem ter muito impacto diante do último Payroll. Na sexta-feira, serão divulgados os dados do CPI da Alemanha.

Análise do Ouro

O contrato de ouro XAUUSD rompeu a figura gráfica e confirmou o rompimento. No entanto, o movimento de alta foi interrompido pelos dados do Payroll, derrubando o contrato, tendo a LTB como suporte. A partir daqui, o preço tende a entrar em modo cautela, conforme absorve as novas expectativas dos membros do FOMC em relação aos cortes de juros.

XAUUSD, 1D (TradingVieew) 

Análise do Euro/Dólar

O par EURUSD vinha trabalhando dentro de uma figura gráfica (triângulo descendente) e entre as médias móveis de 50 e 200 períodos do gráfico diário. Na sexta-feira, rompeu a média móvel de 200 períodos. Para a semana, estaremos de olho no suporte e na LTB, aguardando algum fator macro que possa impulsionar um rompimento. Lembrando que a tendência é de baixa.

EURUSD, 1D (TradingView)

Artigo por Marcos Praça, Analista ZERO Markets

Atenção: A opinião do analista Marcos Praça, CNPI-T 4199, é de responsabilidade exclusiva do autor e não representa necessariamente a opinião da ZERO Markets. Aviso de Risco: As informações fornecidas neste vídeo são de natureza geral com o propósito de educar. Estas informações não constituem aconselhamento de investimentos de forma alguma, nem têm qualquer relação com os objetivos de investimentos específico, situação financeira ou necessidades individuais de qualquer pessoa em particular que os receba. Invista com Responsabilidade: Investir no mercado financeiro apresenta um risco elevado e pode não ser adequado para todos os investidores. A corretora ZERO Markets não aceita aplicação de residentes de países ou jurisdições nas quais o uso e distribuição viole as leis e regulamentos locais.

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