Descubra o caminho do dinheiro! Saiba tudo sobre Ciclo Expansionista

Neste artigo, exploraremos o ciclo expansionista, uma fase de prosperidade econômica impulsionada por políticas monetárias e movimentos de mercado. Desde os fundamentos do ciclo até seus desdobramentos, passando pelo impacto nas bolsas de valores e no consumo, desvendaremos as complexidades dessa etapa do ciclo econômico. Ao conectarmos os pontos que levam do fundo ao topo e, inevitavelmente, à intervenção dos Bancos Centrais diante da inflação, proporcionaremos insights valiosos para os investidores navegarem com sabedoria nesse cenário dinâmico. Este é o primeiro capítulo de uma série que visa equipar você com o conhecimento necessário para compreender e antecipar os movimentos do mercado, destacando a importância de se preparar para o ciclo contracionista que abordaremos em nossos próximos artigos. Esteja pronto para aprofundar sua compreensão e aprimorar suas estratégias de investimento.

Interpretar os eventos econômicos e as decisões de política monetária dos Bancos Centrais é uma habilidade fundamental para um trader. Prever o próximo movimento do mercado utilizando indicadores como PIB, taxa de desemprego, inflação e payroll exige uma boa sensibilidade ao cenário macroeconômico. Neste vídeo, vou explicar detalhadamente os ciclos econômicos, suas características e como identificar em qual momento estamos.

Ciclo Econômico

Você já deve ter reparado que, com o passar dos anos, a economia oscila de bom para ruim, dando a impressão de que passamos por períodos de vacas gordas e magras, independentemente do esforço que fazemos para evitar momentos ruins. Este é o gráfico do ciclo econômico. Repare que, apesar de a economia estar sempre subindo, ela vai oscilando entre altos e baixos, sendo os momentos de alta chamados de ciclo expansionista e os de baixa, contracionista.

Os ciclos econômicos são muito fortes e difíceis de se controlar. É claro que gostaríamos de estar sempre em um ciclo expansionista, com abundância de dinheiro, empresas em expansão, muitos empregos e demanda crescente. No entanto, não existe almoço grátis, e tudo tem um preço. Vamos entender as etapas de cada ciclo e por que precisamos passar por momentos mais difíceis, começando pelo ciclo expansionista.


O Fundo.

Iniciando pelo fundo do ciclo econômico, acabamos de sair de uma recessão. As empresas que sobreviveram após enxugar ao máximo suas despesas, cortar funcionários e adequar sua oferta à menor demanda do mercado, ou seja, baixar os preços para ficarem mais competitivas, agora encontram um cenário mais fértil. Os Bancos Centrais de todo o mundo têm um objetivo em comum: atingir a meta de inflação do seu país. Neste fundo, admitimos que a inflação está dentro da meta, afinal, as empresas cortaram os preços para competir pela baixa demanda.

Com a inflação dentro da meta, os Bancos Centrais dispõem de algumas ferramentas para voltar a estimular a economia e forçar o crescimento econômico. As principais são o “depósito compulsório” e a “taxa de juros base”.

O depósito compulsório é uma porcentagem de quanto o Banco Central obriga que os bancos e instituições financeiras depositem parte dos recursos captados dos clientes, via depósitos à vista, a prazo ou poupança, em uma conta do Banco Central. Dessa forma, eles conseguem regular parte do dinheiro que é injetado na economia. Se o compulsório estiver alto, os bancos têm menos dinheiro disponível para liberar como crédito, e vice e versa.

Neste ponto inicial do ciclo expansionista, onde o Banco Central quer estimular a economia, a exigência do depósito compulsório será menor, liberando os bancos para concederem mais empréstimos e, consecutivamente, poder de compra.

Já a taxa de juros base é o valor que o governo vai te pagar pelo dinheiro que você empresta por meio dos títulos públicos. Esse valor é muito importante, pois é considerado o risco mais baixo de investimento existente. Ou seja, ele é a base comparativa para todos os demais investimentos, pois o retorno mínimo exigido para os demais ativos será o que você receberia pelos títulos públicos, mais um valor extra pelo risco de não estar investindo nos títulos públicos. Esse acréscimo extra vai depender do tamanho do risco extra que o ativo represente, mas o importante aqui é entender que a taxa de juros base vai balizar todos os investimentos, pois o retorno exigido sempre será a taxa de risco zero determinada pelo Banco Central, mais a taxa de risco individual de cada ativo. A cada 45 dias, o Banco Central reúne seus membros do comitê para discutir o ajuste na taxa, podendo elevá-la, baixá-la ou deixá-la inalterada. No Brasil, essa reunião se chama COPOM, e nos EUA se chama FOMC.

Para dar partida no ciclo expansionista, os Bancos Centrais, que agora atingiram sua meta de inflação, reduzem também a taxa de juros base para o mínimo possível. Essa ciência do quanto subir ou baixar a taxa é muito difícil de controlar, pois é um tiro de canhão na economia. Qualquer mínima alteração errada pode tirar os planos do trilho, e é um dos principais fatores que os economistas tentam prever.

Com as taxas baixas, temos duas pontas afetadas. A primeira é o doador de empréstimo, que vai receber menos rendimento pelo seu dinheiro emprestado ao governo ou empresas por meio de títulos públicos ou privados. Como agora o rendimento é muito baixo, o doador de empréstimos se vê obrigado a arriscar um pouco mais para voltar a ter rendimentos significativos. Nesse cenário, ações de empresas e empreendimentos voltam a ficar interessantes, pois podem oferecer um rendimento muito superior à taxa que agora está baixa.

A segunda ponta afetada é o tomador de empréstimos, seja pessoa física ou empresas. Agora que a taxa de juro está baixa, fica mais barato pegar empréstimos, seja para gastar com consumo, seja para empreender. É o momento ideal para tirar aquele projeto de startup da gaveta ou expandir o já existente, e ao fazer isso, consequentemente, gera a criação de novas vagas de emprego.

Vamos conectar os pontos.

O governo reduziu o depósito compulsório, liberando mais dinheiro para os bancos emprestarem. Também diminuiu a taxa de juros, tornando assim mais acessível o empréstimo desse dinheiro. Quem possui recursos para emprestar não vê mais vantagem nesse empréstimo devido à taxa baixa, direcionando seu capital para empresas. As empresas recebem esse influxo de investimento e o utilizam para expandir, gerando empregos como consequência. O consumidor encontra uma maior oferta de empregos e começa a ganhar mais dinheiro. Caso necessite de capital extra para consumo, tem um acesso mais fácil e atrativo, dado que os juros estão baixos agora.

Agora que o consumidor dispõe de mais dinheiro, ele consome mais, aumentando a demanda por produtos e serviços, o que obriga as empresas a expandirem para atender à nova demanda, fechando assim um ciclo de forte prosperidade.

Neste ponto, estamos bem no meio do ciclo expansionista. Com todo esse consumo e produção, observamos um aumento no PIB dos países, as bolsas de valores alcançando novas altas e um otimismo que parece não ter fim. Essa fase do ciclo faz com que grande parte da população esqueça que vivemos em ciclos. Os mais curtos duram de 2 a 4 anos, e os mais longos de 7 a 11 anos. Independentemente das medidas tomadas, um ciclo é um ciclo, e em algum momento precisamos voltar à realidade.

O Topo.

Após um longo período de abundância, as empresas já triplicaram, quadriplicaram ou aumentaram muitas vezes seu tamanho em relação ao início do ciclo. Surgiram muitos unicórnios, que são startups que, nos primeiros anos de vida, já valem cifras inimagináveis, criando muitos novos milionários e gerando cada vez mais dinheiro.

Todo esse dinheiro gerou um consumo absurdo, e as empresas não precisam mais produzir mais produtos para atender à demanda. Este gráfico representa a curva de oferta x demanda. Este é o princípio básico da economia, e todas as empresas buscam o ponto de equilíbrio, onde conseguem ofertar pelos preços mais altos seus produtos, atendendo toda a demanda sem perder nenhuma oportunidade.

Com o consumo em alta e uma produção limitada, uma vez que fica cada vez mais difícil contratar mão de obra qualificada – afinal, todos estão contratando e expandindo – as empresas começam a subir o preço de seus produtos para encontrar o ponto de equilíbrio. Isso acontece em todas as camadas da produção. Os insumos e commodities estão sendo cada vez mais consumidos, forçando os produtores a subir os preços. Os trabalhadores qualificados tornam-se cada vez mais escassos, forçando os empregadores a oferecerem salários mais altos, o que, por sua vez, aumenta o poder de compra e o consumo, exigindo mais produção.

Conseguem entender o ciclo vicioso? Esse aumento de tudo acaba assumindo proporções incontroláveis, distorcendo as projeções futuras e fazendo com que se perca a noção do verdadeiro valor do dinheiro hoje, resultando no reajuste contínuo dos preços para cima. Como todos nós sabemos, o nome disso é “inflação”.


Inflação.

Aqui é onde mora o vilão. Os preços não param de subir, seja de produtos ou serviços. Todos os meses temos uma leitura da inflação do país; no Brasil, chama-se IPCA, nos EUA, CPI. Essa métrica pondera uma média de uma cesta de produtos de consumo geral, trazendo para um único número a inflação do país. Esse número é o mesmo citado no início do vídeo, onde os Bancos Centrais têm uma meta para atingir. Com a inflação muito acima da meta, chega a hora do Banco Central intervir, marcando o topo e pondo fim ao ciclo expansionista.

Conclusão.

Este vídeo foi a parte 1 do ciclo econômico, o ciclo expansionista. Vimos que a economia se move em ciclos e como se comporta o ciclo de expansão, muitas vezes guiado pelas ferramentas dos Bancos Centrais. No próximo vídeo, veremos o ciclo contracionista, que inclusive é onde estamos no atual momento.

FOREX | AÇÕES CFDs | ÍNDICES | COMMODITIES | METAIS | CRIPTO

A ZERO Markets é uma corretora de confiança que oferece CFD trading no mercado global, totalmente regulada e licenciada para seu conforto e segurança. Oferecendo o melhor ambiente de trading com spreads reduzidos a partir de 0.0 pip, plataformas de última tecnologia e depósito instantâneo via Boleto e Pix.

Termo de responsabilidade:
Zero Financial Pty Ltd, uma empresa constituída na Austrália com Australian Company Number 623 051 641, em Suite 303 Level 3 10 Bridge Street, Sydney NSW 2000, Austrália, é um agente operacional da Zero Markets LLC. Todos os pagamentos relacionados ao Paysafe são operados por Zero Financial Pty Ltd. Os recursos de nossos produtos, incluindo taxas e encargos, estão descritos nos documentos legais relevantes disponíveis em nossos sites. Os documentos legais devem ser considerados antes de realizar transações conosco. Os clientes que recebem serviços em São Vicente e Granadinas são fornecidos pela Zero Markets LLC, que é uma empresa registrada de São Vicente e Granadinas, número de responsabilidade limitada 503 LLC 2020. Consulte os documentos legais neste site ou baixe nosso SVG Privacy Policy.

© 2023 ZERO Markets. All Right Reserved. Privacy Policy | Terms & Conditions