Imagem criada por IA cria caos no mercado

A disseminação de informações falsas, cada vez mais frequentes, têm um impacto real na volatilidade nos mercados financeiros. No dia 22 de maio, uma imagem falsa, criada por inteligência artificial, causou um verdadeiro caos no mercado de ações: a imagem manipulada alegava uma explosão no Pentágono, sede do Departamento de Defesa dos Estados Unidos. A imagem “fake” repercutiu tanto nos índices de mercado, com quedas momentâneas, quanto na confiança dos investidores. Neste artigo, examinaremos mais detalhadamente os desdobramentos desse incidente e o comportamento de ativos como o Bitcoin diante da situação.

Imagem falsa criada por IA cria caos no mercado de ações

No dia 22 de maio, uma conta verificada chamada “Bloomberg Feed”, atualmente suspensa, fingiu ter vínculos com a mídia e compartilhou uma imagem alegando uma “grande explosão” nas imediações do Pentágono, sede do Departamento de Defesa dos Estados Unidos.

Essa notícia falsa rapidamente se espalhou e foi compartilhada por diversos veículos de mídia, incluindo a emissora de mídia russa controlada pelo Estado, Russia Today, que possui 3 milhões de seguidores no Twitter, e a organização de mídia indiana Republic, com 2,8 milhões de seguidores na mesma plataforma.

Consequentemente, o índice S&P 500 experimentou uma breve queda de 0,3% à medida que as alegações falsas se espalharam pelas redes sociais. Estima-se que essa queda de 30 pontos tenha provocado uma oscilação de aproximadamente US$ 500 bilhões. No entanto, os mercados se recuperaram rapidamente, pois Wall Street estava aguardando uma reunião crucial sobre o teto da dívida.

Apesar do pânico no mercado americano, o Bitcoin não sofreu nenhum impacto com a falsa notícia e experimentou uma alta de 1,4% no mesmo dia.

Imagem falsa criada por IA mostra Pentágono pegando fogo.

Bitcoin volta a cair, mostrando forte indecisão.

O Bitcoin vinha apresentando um bom desempenho ao longo da semana, alimentado pelas expectativas em torno da resolução do impasse sobre o teto da dívida dos EUA. No entanto, à medida que o impasse se estende, os investidores do mercado de criptomoedas estão cada vez mais indecisos.

Se há uma palavra que pode definir o comportamento do Bitcoin nas últimas semanas, é “indecisão”. O preço dessa criptomoeda está enfrentando dificuldades para se estabilizar acima da marca de US$ 27 mil e buscar novos patamares de valorização. Nesta quarta-feira (24), o mercado abriu com mais uma queda para o Bitcoin.

Apenas as stablecoins USDT e USDC apresentaram um leve aumento, com alta de 0,1%. Essa fraca performance resultou em uma queda de 1,7% no valor de mercado das criptomoedas, que atingiu a marca de US$ 1,16 trilhão (equivalente a R$ 5,8 trilhões), com um volume de negociação de US$ 32,7 bilhões (R$ 162,8 bilhões). As dominâncias do BTC e do ETH no mercado também diminuíram, chegando a 44,4% e 18,7%, respectivamente, totalizando 63,1%.

 Análise do Bitcoin

Na última semana, o BTCUSD estava sendo negociado na zona de suporte em torno dos US$27 mil, demonstrando certa resiliência em meio à queda generalizada dos mercados globais, enquanto os EUA ainda não chegam a um acordo para evitar um possível calote no início de julho. No entanto, nesta quarta-feira, o Bitcoin não resistiu e registrou uma queda superior a 4% até o momento.

Já estávamos seguindo uma tendência de baixa e, ao perder o suporte na zona de consolidação, a próxima parada poderá ser em torno dos US$25 mil, caso não haja uma recuperação nas próximas horas.

BTCUSD, 1W (TradingView)

O volume está baixo, o que aumenta a probabilidade de o preço retornar aos US$27 mil, uma vez que grande parte do mercado está em modo de “Hold” (manter a posição). No entanto, se o preço não se recuperar rapidamente neste momento, os próximos alvos certamente serão voltados para baixo.

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