Altas de juros em discussão, perspectivas do Fed sobre políticas monetárias, surpresas no horizonte, apostas para o próximo FOMC e análise do Ouro: tudo que você precisa saber para tomar decisões embasadas nos seus investimentos! Mantenha-se atualizado com as últimas notícias e análises do mundo financeiro no Panorama Macroeconômico desta semana.
Novas altas de juros estão em discussão.
Enquanto o governo dos EUA não chega a um acordo sobre o teto da dívida, com o risco de um calote ainda em aberto, há outros dados importantes que devemos observar.
Os números mais recentes do Departamento do Trabalho mostram uma queda de 22 mil nos pedidos iniciais de seguro-desemprego, totalizando 242 mil na semana encerrada em 24 de maio. No entanto, é importante abordar esses dados com cautela, devido aos relatos de atividades fraudulentas que podem estar influenciando a recente tendência de aumento nos registros.
De acordo com informações divulgadas pela Bloomberg, o aumento nos pedidos no estado de Massachusetts foi impulsionado por casos de fraude, o que tem consequências em nível nacional. Quase metade do aumento total dos pedidos iniciais na semana passada pode ser atribuída a essas práticas fraudulentas.
Por outro lado, os pedidos contínuos apresentaram uma queda para 1,8 milhão na semana encerrada em 6 de maio. Ao analisar as flutuações causadas por esses pedidos fraudulentos, o relatório sugere que o mercado de trabalho ainda está resiliente, apesar das preocupações crescentes em relação à força da economia.
Membros do Fed não deixam passar despercebido.
Alguns membros do Federal Reserve (Fed) têm se pronunciado sobre a expectativa de pausa no ciclo de alta de juros. A presidente do Fed de Dallas, Lorie Logan, afirmou que o argumento para interromper os aumentos das taxas de juros na reunião de junho do banco central ainda não está claro. “Após aumentar o intervalo da meta para a taxa em cada uma das últimas 10 reuniões do FOMC, fizemos algum progresso”.
Enquanto isso, James Bullard, do Fed de St. Louis, disse ao Financial Times que o ritmo de queda da inflação tem sido mais lento do que o ideal. “Isso pode justificar a adoção de medidas preventivas, aumentando as taxas um pouco mais para garantir um controle efetivo da inflação”.
Apesar dessas declarações um tanto desanimadoras, o S&P500 registrou uma alta de 1,84% nos últimos dois pregões, demonstrando que os investidores estão com um apetite ao risco elevado e confiam na resiliência da economia americana.
Surpresa para sexta-feira.
Hoje, um evento do Federal Reserve apresentou um debate entre Powell e Bernanke, que pode fornecer orientações sobre as expectativas da política monetária. Powell minimizou a crise bancária, afirmando que os bancos são resilientes e que os acontecimentos resultaram em um aperto no crédito, o qual pode ser benéfico para combater a inflação.
Nesse contexto, surgem novas especulações sobre um possível aumento da taxa de juros nos Estados Unidos em junho. Embora a perspectiva de manutenção ainda seja predominante, os dados do auxílio-desemprego demonstram a solidez do mercado de trabalho, levando a plataforma do CME Group a indicar uma probabilidade de 40% para um acréscimo adicional de 25 pontos-base.
Apostas para o próximo FOMC.
As apostas no CME Group refletem um sentimento de forte incerteza em relação à próxima reunião. Há uma semana, a maioria das apostas, 84,5%, indicava a expectativa de manutenção na taxa. No entanto, até ontem, a aposta em um aumento de +0,25% mais que dobrou, passando de 15,5% na semana anterior para 36,6%. Hoje, devido à continuidade do impasse em relação à dívida americana, a aposta em manutenção voltou a atingir 80%.
Probabilidades de ajuste da taxa americana para 14 de junho 2023 (CME Group)
Análise do Ouro.
O dólar ganhou impulso nesta semana devido à possibilidade de novas altas de juros, o que fortalece a moeda. Acompanhando esse sentimento, o preço do ouro sofreu uma desvalorização até atingir um importante nível de suporte em $1.950,00, onde os compradores impediram uma queda que durou praticamente sete dias consecutivos, acumulando uma queda de 4,7%.
Essa defesa pode ser apenas uma formação de recuo temporário, uma vez que os membros do Federal Reserve demonstraram estar confortáveis em promover novas medidas de aperto monetário. Portanto, devemos observar as retrações de Fibonacci, destacando uma zona importante entre $1.988,00 e $2.000,00.
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