Teremos uma nova alta do Bitcoin? Ele está decolando: a criptomoeda rompe resistência importante e se prepara para atingir novas altas. Confira neste artigo como o preço do Bitcoin rompeu um importante nível de resistência, com o preço se mantendo acima de 25 mil dólares.
O preço do Bitcoin rompeu um importante nível de resistência em 17 de março, tendo sua confirmação no dia seguinte, quando manteve seu preço acima dos 25 mil dólares. No entanto, é importante destacar que o Bitcoin já está sendo negociado acima dos 28 mil dólares, apresentando uma alta de mais de 40% em duas semanas, desde quando atingiu sua mínima no movimento durante o temor bancário que estava iniciando.
Em 2023, a capitalização de mercado do Bitcoin atingiu US$ 194 bilhões, tendo um ganho acumulado de 66% no ano, superando as ações dos bancos de Wall Street, mesmo diante dos crescentes temores de uma crise bancária global. Até o momento, o Bitcoin apresentou uma alta de cerca de 65% neste ano, em comparação com um ganho de 2,5% do S&P500 e uma queda de 15% do Nasdaq.
De repente, parece que os bancos estão nos testando. Após três bancos nos EUA entrarem com pedido de falência e o Credit Suisse se vender às pressas para seu maior concorrente, o UBS, vários outros acordos empurrados junto com essas liquidações estão assombrando os investidores.
O FED anunciou uma ajuda de liquidez de mais de 160 bilhões de dólares para os bancos americanos e está tentando passar um plano para que o FDIC, que até então tem cobertura de 250 mil dólares por cliente que tiver algum prejuízo com pedido de falência bancária, passe a cobrir o montante integral, independente do valor.
Na fusão do UBS com o Credit Suisse, também tivemos alguns pontos duvidosos. Além de levar o CS por um valor muito abaixo do valor de mercado, 3,25 bilhões de dólares, o UBS fez um acordo em que o Banco Nacional da Suíça se comprometeu a fornecer mais de 100 bilhões de dólares para dar liquidez ao UBS.
Dinheiro infinito?
Aparentemente, a solução para a falta de dinheiro é imprimir mais dinheiro. No entanto, essa banalização da moeda traz fortes desconfianças para a economia, que começa a questionar a atitude dos bancos. Imprimir dinheiro, fornecer fontes de liquidez e afrouxar as restrições de segurança bancárias são atitudes que causam um impacto direto na inflação, que já está muito alta.
A dúvida agora é em relação ao ajuste de juros que o FED decidirá a seguir. Os dados de inflação recente pedem um aumento ainda maior, já que a crise bancária implora por uma pausa.
No meio desse furacão, temos um herói: o Bitcoin.
Uma solução antiga
A desconfiança com o setor bancário não é recente. Em 1990, surgiu o movimento Cyberpunk, que buscava usar softwares e criptografia para diminuir a dependência do sistema monetário centralizado.
Em 2008, logo após a última grande crise bancária dos EUA, Satoshi Nakamoto apresentou o White Paper do Bitcoin. Na época, o Bitcoin era algo novo e inusitado, mas fazia muito sentido em um momento de forte crise econômica causada pelos bancos.
Hoje, a desconfiança se reacende, mas com a mesma solução antiga em um estágio mais avançado, testada por muitos anos em altos e baixos, regulamentada e amplamente utilizada. Essa é uma das razões pelas quais o Bitcoin rompeu o jejum de baixa de nove meses e tem potencial para inverter a tendência.
Segundo o ex-diretor de tecnologia da Coinbase, Balaji Srinivasan, uma crise bancária global iminente pode levar o Bitcoin a valer US$ 1 milhão em menos de 90 dias. Srinivasan fez uma aposta de U$2 milhões via Twitter baseado em sua visão sombria para o futuro da economia dos EUA e nos possíveis impactos de um surto hiperinflacionário sobre o valor do Bitcoin. Ele acredita que uma crise bancária nos EUA levaria a um cenário de hiperinflação, elevando o preço do Bitcoin a sete dígitos.
Análise do Bitcoin
Após romper a resistência dos U$25.000,00, o preço do Bitcoin atingiu os U$26.500,00 no mesmo dia, mas no dia seguinte houve um recuo até a retração de Fibonacci de 0,38.
Com essa retração, podemos identificar um pivot e traçar os níveis de uma expansão de Fibonacci, que já foram atingidos nos níveis 0,5 e 0,61, com o alvo final logo acima dos U$30.000,00.
No gráfico diário, está se formando uma figura gráfica comum nesse tipo de movimento, chamada de Mastro Bandeira. Essa figura inicia com um forte movimento direcional, seguido de uma consolidação de baixa volatilidade para logo em seguida retomar o movimento de alta.
Independentemente dos sinais, o destaque desta quarta-feira será o anúncio do FED – Federal Reserve sobre a taxa de juros americana. É importante ficarmos atentos, pois qualquer decisão inesperada pode impactar significativamente os preços. Portanto, é fundamental acompanharmos de perto os desdobramentos do mercado após a divulgação da decisão do FED.
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