S&P500 segue renovando máximas enquanto membros do FED tentam conter a euforia do mercado I Panorama Semanal

Neste artigo, exploraremos de perto três protagonistas: o S&P500, que continua renovando máximas; o Ouro, cujo contrato XAUUSD respondeu com vigor a movimentos recentes; e o par Euro/Dólar (EURUSD), que enfrenta mudanças significativas. Analisaremos as forças motrizes por trás dessas tendências, incluindo a relação com a desvalorização do dólar americano. Acompanhe esta análise detalhada para obter insights valiosos sobre as oportunidades e desafios que podem moldar suas estratégias de investimento.

S&P500 Renova Máximas: Análise da Semana e Perspectivas para 2023″

O S&P500 continua atingindo novas máximas enquanto membros do FED tentam conter a euforia do mercado.

É gratificante poder traçar uma série de panoramas otimistas. Embora seja comum ter um rali no final do ano, o atual é excepcionalmente robusto. Estamos superando um ciclo contracionista pós-pandemia e conflitos que não eram tão intensos há décadas.

Apesar de persistirem muitos problemas, o cenário econômico promete ser promissor para o próximo ano.

Vamos revisar o que aconteceu na semana passada…

As bolsas iniciaram a semana em modo cautela, antecipando as decisões dos Bancos Centrais em relação às taxas de juros. Embora todos os ajustes fossem esperados e já estivessem precificados, os discursos dos diretores dos BCs certamente não estavam. O discurso mais aguardado era o de Jerome Powell, conhecido por ser o contraponto a movimentos mais exacerbados dos mercados. No entanto, desta vez, ele não foi totalmente contrário. Apesar de tentar transmitir essa ideia, o mercado não deixa nada passar, interpretando cada vírgula.

Powell deixou claro que o FED está “preparado para apertar mais a política, se necessário”. No entanto, ao responder algumas perguntas após seu discurso, ele deixou escapar que já estão discutindo cortes de juros, que serão tema das próximas reuniões do FOMC.

Isso foi mais do que suficiente para o mercado oficialmente adotar o fim do ciclo e aumentar as apostas de que o primeiro corte ocorrerá na reunião de março, atualmente concentrando a aposta majoritária de 63%.

Ao término da semana, outros indicadores, como pedidos de auxílio-desemprego e vendas no varejo, reforçaram a expectativa de que o ponto de virada do FED está estabelecido, conseguindo reduzir a inflação sem causar uma recessão. Alguns membros do FED ainda tentam conter a euforia do mercado, mas parece não estar impactando em nada.

Petróleo sobe, petróleo desce.

Um dos principais impulsionadores da inflação é o petróleo, e atualmente estamos presenciando mais uma queda de braço no preço da commodity. Enquanto as tensões no Mar Vermelho ameaçam a produção e exportação, criando uma escassez na oferta e fazendo o preço subir, os Estados Unidos batem recorde de produção, deixando a gasolina muito barata no território americano.

Para esta semana…

Os destaques incluem a decisão de juros do Banco Central do Japão, onde há uma pequena possibilidade de sinalizarem uma mudança na política extremamente flexível do Japão. Por conta disso, podemos esperar uma boa volatilidade no par iene/dólar. Na sexta-feira, teremos o PCE, dado de inflação favorito do FED, que deve confirmar a redução nas pressões sobre os preços ao consumidor.

Com poucos indicadores devido ao início de recessos, a liquidez tende a ficar reduzida no final do ano. Vamos seguir com cautela e ficar de olho nas notícias de última hora.

Análise do Ouro

O contrato de Ouro XAUUSD reagiu à média móvel de 50 períodos do gráfico diário, apresentando uma forte alta até atingir a resistência de U$2.050,00. Esse movimento reflete de forma significativa a valorização/desvalorização do dólar americano, visível no gráfico do ativo DXY. Adicionarei uma linha de tendência de alta para refletir o movimento atual, sendo que o impulsionador para o próximo movimento continua sendo a desvalorização do dólar americano.

Análise do Euro/Dólar

Na semana passada, o par EURUSD apresentou uma forte valorização, acompanhando a desvalorização do dólar em resposta ao discurso dovish de Powell. Após atingir a resistência de U$1,10, formou uma figura gráfica conhecida como “topo duplo”, indicando uma reversão da tendência de curto prazo com forte potencial para levar o preço de volta às médias móveis.

Artigo por Marcos Praça, Analista ZERO Markets

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