PIB da China cresce além do esperado e movimenta o mercado internacional. Dados recentes mostram que a economia chinesa teve um crescimento acima do esperado no último trimestre, reforçando a recuperação do país. Esse resultado está em linha com o aumento das exportações e é uma excelente notícia para os mercados globais. Se você quer entender melhor o que isso significa para o cenário econômico internacional, confira este artigo ou, se preferir, assista ao vídeo no YouTube!
Recentes dados divulgados indicam que a economia chinesa apresentou um crescimento acima do esperado no último trimestre. Esse resultado é consistente com o aumento das exportações, que já sugeriam uma melhora econômica no país. Os dados divulgados na terça-feira confirmam essa expectativa: em março, as vendas no varejo registraram um aumento anual de 10,6%, o maior desde junho de 2021. Isso demonstra que a tão esperada recuperação da economia doméstica está começando a acontecer. Além disso, o investimento em manufatura também apresentou uma sólida alta de 7% no trimestre, com a produção das fábricas acelerando à medida que a produção mundial foi retomada.
Embora ainda haja falta de investimentos privados e alguns segmentos do mercado imobiliário precisem de melhorias, o resultado geral foi impressionante. A economia chinesa cresceu 4,5%, superando a previsão de 4% dos economistas e atingindo o ritmo mais rápido em um ano. Esse cenário positivo reforça a importância da China como um grande player econômico global.
Embora a China ainda precise percorrer um longo caminho para atingir sua meta anual de crescimento de 5%, acredita-se que as coisas melhorem à medida que a confiança do consumidor e das empresas continue a aumentar. Além disso, o mercado imobiliário, um setor importante para a economia, está apresentando sinais de recuperação, com preços de novas casas aumentando no ritmo mais rápido em 21 meses. Com a possibilidade de estímulos adicionais do governo, o Goldman Sachs prevê um crescimento de 6% para a economia chinesa este ano.
Se a economia chinesa se recuperar conforme previsto pelo Goldman Sachs, isso poderá impulsionar o crescimento global, especialmente em um momento em que as economias desenvolvidas estão vacilando. Além disso, será positivo para os mercados de commodities, uma vez que o crescimento econômico aumenta o apetite por transporte e energia, impulsionando o petróleo e o gás. O aumento de projetos de construção e infraestrutura também impulsiona a demanda por materiais como aço e cobre. Isso explica a agitação dos mercados regionais de commodities após a divulgação dos dados.
Reação do Mercado
Os dados divulgados pela China, segunda maior economia do mundo e importante mercado para exportação na Europa, estão gerando otimismo nos mercados globais. As principais bolsas da Europa e o mercado americano estão ensaiando um leve movimento de alta, impulsionados pelo crescimento econômico do país asiático. Esse aumento na demanda chinesa pode beneficiar os mercados de ações e commodities, além de melhorar as perspectivas para empresas que dependem de exportações para a China.
O trampolim do FED
No momento, a incerteza prevalece em relação à política monetária do FED, com diversas projeções conflitantes e as falas de seus membros sendo cuidadosamente observadas pelo mercado.
James Bullard, presidente do FED de St. Louis, causou certa agitação ao adotar um tom hawkish em entrevista à Reuters, indicando que o Banco Central deve continuar elevando as taxas de juros diante da persistência da inflação.
Embora a maioria dos investidores acredite em cortes de juros para enfrentar uma possível recessão, Bullard afirmou que o mercado de trabalho forte pode levar a um consumo forte e não há previsão de recessão para o segundo semestre de 2023. Com a reunião do FOMC se aproximando, as expectativas de um aumento de 0,25% nas taxas são majoritárias, seguidas de uma manutenção até o final do ano, com uma queda de 0,50% sendo prevista após o possível aumento em 3 de maio.
Análise do Ouro
O mercado do ouro continua sensível às flutuações dos juros futuros americanos e às notícias econômicas globais. Na última semana, o contrato de ouro XAUUSD atingiu a meta traçada anteriormente em US$2.050,00, mas desde então vem apresentando uma correção. Na quarta-feira, após dados de inflação desanimadores no Reino Unido e inflação em linha com as expectativas, mas acima dos valores anteriores na Zona do Euro, os juros futuros americanos subiram, resultando em uma queda de 1,8% no preço do ouro, que caiu abaixo de US$2.000,00. Apesar de ter perdido o suporte em US$2.000,00, o ouro ainda está em uma tendência de alta, apoiado por uma linha de tendência de alta (linha verde).
Análise do Euro
Após a correção moderada, o euro está sendo negociado próximo ao nível de resistência de U$1.1 novamente. O par EUR/USD parece estar consolidando em uma faixa de negociação estreita entre U$1.0950 e U$1.1, com a linha de tendência de alta ainda atuando como suporte.
Os traders estarão de olho em quaisquer sinais de rompimento dessa faixa de negociação, com um rompimento acima de U$1.1 indicando uma continuação da tendência de alta do euro, enquanto um rompimento abaixo de U$1.0950 pode levar a uma correção mais profunda.
Os investidores também estarão atentos aos dados econômicos que serão divulgados nos próximos dias, que podem influenciar a trajetória do euro em relação ao dólar americano.
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